sábado, 31 de março de 2012

Vídeo. Macaé 1 x 4 Vasco da Gama - Narração de Jota Santiago da Radio Tupi

Com mistão, Vasco atropela Macaé, é líder e embala para "decisão"


Ídolo brilha e Vasco goleia Macaé; confira



O Vasco ignorou a chuva, o adversário embalado e até a ausência de alguns de seus titulares, poupados pelo técnico Cristóvão Borges, e simplesmente atropelou o Macaé atuando longe de seus domínios neste sábado. Com um futebol envolvente no primeiro tempo, a equipe cruzmaltina marcou quatro gols, goleou por 4 a 1, no Estádio Moacyrzão, assumiu a liderança do Grupo B da Taça Rio e ganhou moral para a "decisão" pela Libertadores.

O time de São Januário terá uma partida decisiva na próxima terça-feira, quando irá encarar o Alianza Lima-PER, fora de casa, em duelo crucial para as pretensões do clube carioca na Copa Libertadores da América. Na briga por uma vaga nas oitavas de final, a equipe do técnico Cristóvão Borges precisará vencer para seguir firme na zona de classificação à etapa seguinte do torneio continental.

Por isso, o triunfo deste sábado foi fundamental ao Vasco. Com dois gols de Juninho, um de Eder Luis e outro de Diego Souza, a equipe de São Januário atingiu 11 pontos e ultrapassou o Bangu no topo do Grupo B, apesar de o rival ainda entrar em campo neste domingo, contra o Flamengo, e poder reassumir a ponta.

O Macaé, por sua vez, estacionou nos 12 pontos, na terceira colocação da chave A, e perdeu a chance de assumir a primeira colocação do grupo - o Botafogo lidera com 13 pontos, seguido pelo Flamengo, com 12. A equipe do Estádio Moacyrzão volta a campo no próximo sábado, contra o Bangu, no Estádio Moça Bonita.

Primeiro tempo cheio de gols e goleada
Com um time misto escalado pelo técnico Cristóvão Borges, o Vasco não se intimidou por atuar fora de casa e conseguiu impor seu estilo de jogo ofensivo desde o início. Atuando contra o rival que deu ao treinador Ricardo Gomes sua primeira derrota no comando vascaíno no ano passado, o time cruzmaltino foi soberano e mostrou a que veio.

Após duas boas chances do Macaé nos primeiros 10 minutos - com Wallacer, que recebeu na área e obrigou Fernando Prass a fazer boa defesa, e com Pipico, que driblou o goleiro rival, mas chutou para fora -, o time cruzmaltino respondeu com Juninho. O meia, inspirado, levantou bola na área para Fabrício desviar de cabeça na trave.

Em seguida, aos 10min, Alecsandro fez grande jogada pela lateral, invadiu a área e tocou para Diego Souza, que só teve o trabalho de finalizar no canto e abrir o placar em Macaé. O gol veio em boa hora, já que a chuva começava a apertar e atrapalhar as investidas ofensivas vascaínas - o clube cruzmaltino era extremamente superior no embate.

O Macaé parece ter sentido o baque do gol sofrido. Quatro minutos depois, Diego Souza puxou contra-ataque fulminante e lançou Juninho, que deu um toque por cobertura, encobriu o goleiro Luis Henrique e ampliou o placar no Moacyrzão: 2 a 0 Vasco, mas por pouco tempo. Na sequia, Pipico subiu mais que a zaga rival e cabeceou, descontando para o Macaé.

A partir daí, a partida deu uma esfriada. Após uma breve parada técnica debaixo de tempestade que despencava em Macaé, os dois times voltaram esbarrando nos próprios erros. Mas o Vasco tinha Juninho, que seguia desequilibrando. E, em jogada de Dieyson, Eder Luiz aproveitou cruzamento pela esquerda, deixou um marcador no chão depois de um drible e bateu no cantinho.

O clube cruzmaltino ainda conseguiu fazer o quarto gol antes de seguir para o intervalo com a partida praticamente definida. Juninho, em grande dia, dominou toque de Diego Souza, limpou dois adversários com dribles curtos pelo lado esquerdo e finalizou de canhota, por cobertura, por cima do goleiro do Macaé. Mais um golaço.

Na etapa complementar, o Vasco voltou disposto a apenas deixar o tempo passar. Com os três pontos praticamente assegurados, o clube cruzmaltino diminuiu o ritmo imponente imposto no começo do jogo e passou a administrar mais a posse de bola. O Macaé, abalado pela goleada, não tinha forças para buscar diminuir o placar.

Por isso, o confronto foi morno nos 45 minutos finais. O Vasco, cansado, teve sua melhor chance em cobrança de falta de Juninho, aos 18min. Exímio cobrador, o meio-campista ajeitou a bola de longe e bateu direto para o gol de Luis Henrique, que estava no lugar certo e fez linda defesa.

O Macaé, acuado, conseguiu criar apenas duas oportunidades de gol, mesmo assim sem maiores perigos. A primeira delas, aos 26min, viu Fernando Henrique sair com segurança na pequena área e afastar um cruzamento venenoso. A outra, com Pipico, obrigou o goleiro vascaíno a fazer defesa segura, após chute de fora da área.

Ficha técnica
MACAÉ 1 x 4 VASCO
Gols
MACAÉ: Pipico, aos 18min do primeiro tempo

VASCO: Diego Souza, aos 10min, Juninho, aos 14min, Eder Luis, aos 39min, e Juninho, aos 47min do primeiro tempo

MACAÉ: Luis Henrique; Valdir, Ramon, Douglas Assis e Edson; Gedeil, Wagner, André Gomes (Tiago Lima) e Wallacer (Norton); Pipico e Josiel (Charles Chad)
Treinador: Toninho Andrade
VASCO: Fernando Prass; Allan, Douglas, Fabrício e Dieyson; Nilton, Fellipe Bastos, Juninho e Diego Souza (Eduardo Costa); Alecsandro (Romário) e Eder Luis (Willian Barbio)
Treinador: Cristóvão Borges
Cartões amarelos
MACAÉ: Fellipe Bastos e Allan
VASCO: Ramón e Wagner
Árbitro
Wagner do Nascimento Magalhães (RJ) Local
Estádio Moacyrzão, em Macaé (RJ)

quarta-feira, 28 de março de 2012

Clip com lances, gols e depoimentos do Edmundo que passou no telão de São Januário no dia do jogo de despedida do ídolo.

Pros vascaínos que não foram ao estádio hoje, esse foi o vídeo que passou no placar antes do Edmundo entrar em campo. Para os que foram, vale se emocionar de novo.


Vídeo: Torcida do Vasco se despede de Edmundo em São Januário


Torcida do Vasco se despede de Edmundo em São Januário
Ídolo marca duas vezes na goleada por 9 a 1 sobre o Barcelona de Guayaquil

RIO - O jogo não valia três pontos, a noite era de frio e chuva no Rio, houve falta de energia no segundo tempo e até mesmo o adversário, apesar do significado histórico, não estava com o seu time principal. Ainda assim, 21 mil vascaínos lotaram São Januário nesta quarta-feira e foram embora felizes. Por um só motivo: puderam rever o ídolo Edmundo, homenageado com um jogo de despedida quase quatro anos depois de encerrar a carreira. Craque do time campeão brasileiro de 1997, o ex-atacante se juntou à equipe atual para enfrentar o Barcelona de Guayaquil (EQU), contra o qual o Vasco conquistou a Libertadores de 1998, já sem Edmundo, que tinha ido para a Fiorentina.

Os 40 anos de idade - completa 41 na próxima semana - e a forma bem distante da que ostentava na época de jogador não impediram o ex-atacante de matar a saudade da torcida. Com disposição de sobra para jogar por mais de 80 minutos, Edmundo driblou, deu carrinho e coroou sua atuação com dois gols e participação em outro, marcado por Alecsandro, todos no primeiro tempo. Juninho Pernambucano, Éder Luís, Fellipe Bastos, Allan (duas vezes) e Diego Souza copletaram a goleada por 9 a 1.

Não só pelos gols, que no fim vão ser apenas mais dois gols, mas esse carinho, essa energia que eu estou recebendo não tem preço. Eu estava precisando disso, estou encerrando com chave de ouro declarou no intervalo Edmundo, que com os dois da despedida fechou sua conta em 137 gols em 241 partidas com a camisa do Vasco, pelo qual atuou em cinco passagens entre 1992 e 2008.


Edmundo se emociona ao entrar em campo

Companheiro de Edmundo no time que marcou época no fim da década de 90, Juninho Pernambucano elogiou a atuação de Edmundo.

Nessa idade, jogando assim, vão acabar pedindo para ele ficar mais duas, três semanas, e por aí vai brincou o camisa 8, de 37 anos.

Outro veterano, o meia Felipe, também foi titular e matou saudade de jogar com o camisa 10:

Quando eu comecei ele já era ídolo do Vasco, e me ajudou muito no início da minha carreira.

Edmundo se emocionou ao entrar em campo. E antes de a bola rolar, recebeu de outro ídolo do Vasco, o presidente Roberto Dinamite, uma placa de despedida:


Parabéns, em nome do Vasco e da torcida vascaína. Você merece tudo isso, porque é um grande ídolo disse Dinamite, maior artilheiro da história do Vasco.

Terceiro no ranking dos goleadores do clube, Edmundo encarou o jogo festivo com seriedade. Aos 11 minutos, Thiago Feltri foi derrubado ao lado da área mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique marcou pênalti. Edmundo, que perdeu algumas penalidades importantes com a camisa do Vasco, desta vez não decepcionou: bola num canto, goleiro no outro, e 1 a 0 no placar.

Aos 23, o camisa 10 deu início à jogada do segundo gol: depois de driblar um zagueiro na área, rolou para Éder Luís, que tocou para Alecsandro tirar o marcador da jogada e chutar com categoria no canto esquerdo. Edmundo quase fez outro aos 29, completando de esquerda um cruzamento de Thiago Feltri, na pequena área, mas a bola parou no goleiro Morales.

Edmundo sai ovacionado aos 38 minutos do segundo tempo

O último gol de Edmundo com a camisa do Vasco foi à altura da sua categoria: Fágner evitou a saída da bola e cruzou alto para o homenageado da noite, que chutou de primeira, rasteiro, no canto direito de Morales. Logo depois, o veterano atacante Asencio, que estava na decisão da Libertadores de 1998, aproveitou uma falha de Dedé e diminuiu para o Barcelona. Aos 40, outro remanescente daquela final, só que do lado vitorioso, também disse presente: Juninho recebeu na entrada da área e fez um belo gol, com um chute colocado no canto esquerdo.

Apesar das cinco mudanças no intervalo, Edmundo continuou na equipe para adiar um pouco mais o adeus. Logo no primeiro tempo, outro campeão de 97 abrilhantou a festa: com uma 'caneta' num adversário, Felipe deu início à jogada do quinto gol, marcado por Éder Lúis, completando de calcanhar o cruzamento da esquerda. Pouco depois, um apagão interrompeu a partida por cerca de 15 minutos. Na volta, Edmundo fez fila na área mas foi desarmado antes de concluir para o gol. Aos 21, menos de um minuto depois de entrar no lugar de Éder Luís, Fellipe Bastos cobrou falta e contou com a colaboração do goleiro para fazer o sexto do Vasco. Aos 25, Allan fez bonita tabela com Fellipe Bastos e ampliou. Diego Souza deixou o seu em chute cruzado, aos 31. O último gol, de Allan, saiu aos 45, quando pouca gente ainda prestava atenção ao jogo. Afinal, o dono da noite já não estava em campo. Aos 38, Edmundo passou a braçadeira de capitão para Felipe e saiu aplaudido por todo o estádio, substituído por William Barbio.

Emocionado, com a bola do jogo debaixo do braço, deu uma discreta volta ao redor do campo acenando para a torcida enquanto dizia 'Obrigado, do fundo do meu coração'.

- Eu não esperava por isso, ver a torcida lotar o estádio num dia de semana, para ver um cara que já parou há três anos. Vendo o carinho que a torcida tem por mim, a gente pensa: 'Deveria ter jogado aqui a vida inteira'. Mas não tenho do que reclamar, só agradecer.

A torcida vascaína também.

Vasco 9 x 1 Barcelona (EQU)

Local: São Januário

Árbitro: Marcelo de Lima Henrique

Público presente: 21.247 torcedores (16.021 pagantes)

Gols: Edmundo (2), Juninho Pernambucano, Éder Luís, Fellipe Bastos, Allan (2) e Diego Souza

Vasco: Fernando Prass (Alessandro), Fágner, Dedé (Fabrício), Renato Silva e Thiago Feltri (Dyeison); Rômulo (Nilton), Felipe, Juninho Pernambucano (Abelairas) e Edmundo (William Barbio); Éder Luís (FEllipe Bastos) e Alecsandro (Diego Souza). Técnico: Cristóvão Borges

Barcelona de Guayaquil: Morales (Vera Gines), Mercado (Vera), Cedeño Aspiazu, Ordóñez Valdez e Pablo Espinoza (Zamora); Kevin Torres, Rosero, Brayan de la Torre e Asencio (Jordan); Mina (Anchundia) e Janny Bueno (Montaño). Técnico: Carlos Gruez.



28/03/2012 -  | O Globo

domingo, 11 de março de 2012

Vasco 3 x 0 Madureira, veja os melhores momentos pela 3ª rodada da Taça Rio, Campeonato Carioca 2012

A CRÔNICA por Gustavo Rotstein


Era um clima diferente em São Januário. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) proibiu a entrada de instrumentos e faixas, alegando que as torcidas não enviaram ofício prévio pedindo autorização. Além disso, o baixo nível técnico da partida e a presença de poucos torcedores (menos de 5 mil no total) contribuíram para que o estádio ficasse quase em silêncio. Mas nada como um ídolo para tirar o Vasco do marasmo e comandar a vitória por 3 a 0 sobre o Madureira, neste domingo, em São Januário, pela terceira rodada da Taça Rio. Autor das poucas boas jogadas e do primeiro gol cruz-maltino, Juninho foi fundamental para que a equipe confirmasse a liderança isolada do Grupo B, agora com sete pontos. Ele também recebeu aplausos de Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro, que assistiu à partida das tribunas.

Juninho Pernambucano tenta jogada contra dois atletas do Madureira (Foto: Marcelo Sadio / Flickr do Vasco)

O próximo compromisso do Vasco no Campeonato Carioca será o clássico contra o Botafogo, no próximo domingo, no Engenhão. Antes, nesta quarta-feira, a equipe enfrenta o Libertad, pela Libertadores, no Paraguai, para onde viaja nesta segunda. Já o Madureira volta a campo domingo contra o Bangu, em Conselheiro Galvão.

Primeiro tempo sem emoções
O ambiente de São Januário não era convidativo ao bom futebol. E isso se refletiu em campo no primeiro tempo, marcado por muitos erros de passe e péssimo nível técnico. Mesmo com muitos jovens do Vasco em campo, foi Juninho Pernambucano, de 37 anos, quem mais se movimentou. Saíram dos pés do capitão as poucas jogadas de gol da equipe nos primeiros 45 minutos.


Aos dez minutos, Juninho Pernambucano acertou boa enfiada de bola para Diego Souza. Pouco depois, cobrou escanteio na cabeça do camisa 10. Mas essas duas e todas as outras tentativas do Vasco no primeiro do tempo não foram na direção do gol. Irritada, a torcida chegou a vaiar Fellipe Bastos e mostrou impaciência com Eduardo Costa.

O Madureira tampouco mostrou competência em suas jogadas ofensivas, embora a desorganização do Vasco fosse um convite às investidas. No entanto, a equipe aos poucos reduziu seu ímpeto até chegar ao intervalo mostrando-se satisfeito com o empate sem gols.

O Vasco voltou para o segundo tempo com Abelairas no lugar de Chaparro e sem mudanças na prática. O jogador teve participação discreta, sem arriscar muitas jogadas e dando preferência aos passes curtos. O clima em São Januário permaneceu morno, mas foi necessário o talento solitário do ídolo para fazer o estádio sair do silêncio. Aos dez minutos, Juninho teve duas chances consecutivas defendidas pelo goleiro Cléber. Mas mostrando uma motivação muito maior que a de seus companheiros, o Reizinho abriu o placar em grande estilo. Ele tocou a bola com o peito para Dieyson e correu para dentro da área. Max foi à linha de fundo e cruzou na medida para o capitão, que tocou de cabeça para fazer 1 a 0, aos 14 minutos.

O placar favorável acordou a torcida, que passou a cantar e apoiar a equipe. Em campo, o Vasco mostrou-se mais efetivo e finalmente começou a criar boas jogadas. Assim, diante da fragilidade do Madureira, o segundo gol não demorou a sair. Aos 21 minutos, o então criticado Fellipe Bastos se redimiu marcando o seu. Ele roubou a bola de Caio César na intermediária e chutou no canto direito de Cléber, fazendo 2 a 0. Normalmente adepto das dancinhas, preferiu chupar o dedo e repetir o gesto de Bebeto na Copa de 1994 para homenagear a filha recém-nascida Giovanna.

Já com a vitória praticamente confirmada, o Vasco diminuiu o ritmo. O Madureira ainda tentava diminuir a desvantagem, mas esbarrava nas boas defesas de Fernando Prass. Aos 35 minutos, Juninho novamente provocou euforia em São Januário ao deixar o campo para a entrada de Diego Rosa. O camisa 8 foi ovacionado e chegou a fazer um movimento de reverência à torcida, que cantava seu nome, pouco antes de entrar no vestiário.

Aos 41 minutos, o Vasco ainda fez o terceiro, numa bela jogada de muitos toques. Ela foi finalizada por Allan, que substituiu Jonathan e ainda cortou um adversário antes de chutar para a rede.

Fonte: globoesporte.globo.com

terça-feira, 6 de março de 2012

Vasco 3x2 Alianza Lima - Os Gols - Libertadores 2012 06/03/12


No Rio, Vasco sofre para derrotar Alianza Lima por 3 a 2
Agência Estado
A responsabilidade era toda do Vasco. Derrotado na primeira partida da Copa Libertadores, em casa, e enfrentando um adversário em aguda crise financeira e de pouca técnica, não havia outro resultado aceitável que não a vitória. Ela veio, 3 a 2 sobre o Alianza Lima (Peru), nesta terça-feira, em São Januário, na segunda rodada do Grupo 5. Mesmo que não sem certa dose de sofrimento e dificuldades.

Alecsandro perdeu dois pênaltis, Juninho Pernambucano converteu um terceiro e o placar ficou barato. Destaque para William Barbio, Juninho e Felipe, que em 45 minutos mostrou que não pode ser reserva neste time vascaíno. "Fizemos por merecer a vitória. Erramos muito. Quem quer ser campeão tem que vencer dentro de casa. Perdemos muitos gols", comentou Felipe. "Quantos minutos eu jogar vou procurar colaborar. Quando um jogador de qualidade não puder mais jogar, eu paro", cravou.

O Vasco soma agora três pontos na chave, liderada pelo Libertad (Paraguai), que venceu os dois jogos até agora. O Nacional, do Uruguai, soma também três e os peruanos estão zerados. O Vasco viaja para enfrentar os paraguaios no próximo dia 15.

Antes mesmo de a bola rolar, mais um baque para o time da casa. Eder Luís sentiu a coxa direita no aquecimento e foi vetado, deixando o técnico Cristóvão Borges, que já havia perdido o equatoriano Carlos Tenório, sem nenhum atacante no banco de reservas.

Mesmo limitados a chutões da zaga para o ataque, os visitantes chegaram ao gol. Bola rifada, falha de Rodolfo e Charquero tocou na saída de Fernando Prass. Desespero cruzmaltino? Não houve tempo. Dois minutos depois, Diego Souza lançou Barbio, que cruzou rasteiro. Ramos se jogou na bola e cortou para as próprias redes.

À saída para o intervalo, a torcida que compareceu em bom número ao estádio clamou por Felipe. Clamor atendido. Entrou o "Maestro" em lugar do volante Eduardo Costa. Rodolfo, o vilão do gol peruano, cedeu lugar a Douglas.

Logo aos dois minutos, jogada feita à exaustão. Barbio cruzou da direita, Libman espalmou e a bola tocou na mão de Carmona. O árbitro achou por bem marcar pênalti e expulsar o defensor pelo segundo amarelo. Mas Alecsandro escorregou e acertou a trave, ingrata que também evitaria o gol de falta de Juninho Pernambucano, pouco depois.

Mas contra Dedé, não à toa chamado de mito pela torcida, ela nada poderia fazer. O zagueiro da seleção brasileira cabeceou depois do escanteio, a bola beijou o poste, como de pirraça, e entrou.

Quando um novo pênalti surgiu aos 34 minutos, Juninho Pernambucano resolveu chamar a responsabilidade. Alecsandro resmungou. O Reizinho da Colina não falhou. Fernandez diminuiu aos 40 e criou uma desnecessária apreensão nos minutos finais, superada com posse de bola no campo de ataque.

OUTROS JOGOS - Também nesta terça, mais duas partidas foram realizadas. E ambas terminaram empatadas por 1 a 1. Pelo Grupo 8, o Peñarol conseguiu o seu primeiro ponto em três jogos ao ficar na igualdade com a Universidad de Chile, em Montevidéu, no Uruguai. Pelo Grupo 3, o empate foi no duelo chileno entre Unión Española e Universidad Católica, em Santiago.

FICHA TÉCNICA

VASCO 3 x 2 ALIANZA LIMA-PER

VASCO - Fernando Prass; Fagner, Dedé, Rodolfo (Douglas) e Thiago Feltri; Nilton, Eduardo Costa (Felipe), Juninho Pernambucano e Diego Souza; William Barbio e Alecsandro. Técnico: Cristóvão Borges.

ALIANZA LIMA-PER - Libman; Carmona, Ibañez, Ramos e Corrales; Albarracín, González, Bazan (Villamarin) e Hurtado; Montaño (Fernandez) e Charquero (Arroe). Técnico: José Soto.

GOLS - Carquero, aos 16, e Ramos (contra), aos 18 minutos do primeiro tempo; Dedé, aos 14, Juninho Pernambucano (pênalti), aos 35, e Fernandez, aos 40 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Arroe e Fernandez (Alianza Lima-PER).

CARTÃO VERMELHO - Carmona (Alianza Lima-PER).

ÁRBITRO - Diego Abal (Fifa-Argentina).

RENDA - R$ 541.285,00.

PÚBLICO - 11.439 pagantes (14.327 no total).